Passamos a vida procurando desvendar os segredos do coração, porém o que encontramos são vagas palavras perdidas em meio a pensamentos que lutam repetidamente na louca tentativa de compreendermos as contínuas batidas deste órgão que não para de pulsar sem nada a dizer.
Parece até que ele leva a vida a brincar conosco, nos levando a sonhar por diversas vezes com a doce ilusão de que, como num conto de fadas ou comédia romântica, iremos encontrar a pessoa que irá nos completar.
E nesta caminhada, passamos por diversas situações que nos fazem sorrir, chorar, trocar o certo pelo o errado, voar ou simplesmente, sofrer com a queda do que um dia moveu os nossos sonhos.
Perdemos-nos em meio às conversas, nas revelações ditas ao telefone, no abraço que nos aquece. Mas a realidade sempre se faz presente quando menos esperamos. Engraçado é que todos já sabiam, menos nós! E diante da dura certeza de que nada é eterno, permitimos que nossas esperanças se dissipem, juntamente com os nossos desejos de uma vida a dois.
Por que será que as coisas são assim? Acredito que nas loucuras que a vida nos prega, aprendemos a caminhar, afinal não é a queda que importa, e sim como vamos nos levantar! Assim sendo, temos que continuar acreditando que pela porta que até então se encontra fechada, algo novo irá aparecer, levando consigo tudo o que um dia foi solidão.
Todos nós gostamos de saber o que está acontecendo, mas nem sempre o cenário esta completo. Falta algo. E assim é a vida que no palco da existência não pára até que a cortina desça. Jamais podemos nos dar por vencidos, antes, precisamos crer que tudo será diferente, construindo novas histórias para que nestes caminhos ainda não desvendados possamos encontrar um novo lar. Um lugar onde o nosso coração possa repousar.
E assim é o nosso órgão mais pulsante que, a cada nova batida, descobre em meio ao turbilhão de incertezas e sentimentos a única certeza, a de que enquanto houver vida, sempre haverá sonhos, desilusões e a esperança de dias melhores!
Marcus
