sábado, 9 de junho de 2007

EU QUERO PICANHA!!!!

Final de mês!!! Finalmente, o dia de receber o salário chegou. Você fica todo animado em saber que receberá um pouco mais este mês, o suficiente para pagar todas as contas e ainda ir a famosa churrascaria que havia aberto há duas semanas, como havia planejado, com mais dois amigos para comer a surpreendente, suculenta, macia, cheirosa e maravilhosa picanha que estava sendo anunciada e despertara o seu desejo em saboreá-la. Confirma com os amigos e marca para se encontrarem na hora do almoço. Devido ao trânsito, chega um pouco atrasado e morto de fome, fica meio preocupado em saber se encontrará lugar, mas para sua felicidade, seus amigos já tinham ocupado uma mesa. Um pouco mais tranqüilo, você se vê conversando na melhor churrascaria da cidade, gozando do conforto proporcionado pelo ambiente climatizado, pelo atendimento dos garçons que sorriem felizes por saber que hoje terão uma boa gorjeta, enfim, por aquele momento tão esperado. Tudo está perfeito; tudo é lindo. O maitre, impecável. Todos os seus problemas ficaram para trás. Que belo dia!
“Hoje vou comer até me empanzinar de picanha”, você pensa.
Agora, os garçons estão passando de mesa em mesa, com um pouco de pressa, pois têm muitos clientes para atender, você olha, acena, estende a mão na direção do garçom que por fim, após algum tempo, se dirige até onde você se encontra. Tudo está no lugar, exceto uma coisa, a picanha. Você olha para o garçom, e vê que a única coisa que ele tem em suas mãos são: coração, algumas coxas de galinha, e um pedaço de maminha, nada mais, diz que quer picanha e espera pela segunda rodada. Agora, passou um pouco de costela de carneiro, um pãozinho com alho, mas nada da picanha. Depois de meia hora de muito sofrimento, angústia e dor você pensa: “O que aconteceu?! - Nada de picanha!!!” Enfurecido pela propaganda enganosa, você se arrasta até o balcão de atendimento e, chama pelo proprietário. “Ele está numa reunião e mencionou que não ser incomodado”, disse a atendente e fez cara de que não iria chamá-lo.
Rapaz! E agora? Mas que furada! Tudo estava ali, menos o que você mais queria, a picanha...
Parece que você já conhece essa história?
Nem sempre acontece deste jeito, mas quem nunca ficou decepcionado num restaurante, fosse pelo atendimento ou pela comida que na foto do letreiro estava maior e muito mais deliciosa. “Mas afinal de contas, o que isto tem a ver com igreja?”, você deve estar se perguntando. E eu lhe direi: TUDO!!!
É exatamente isto que temos visto e vivido em nossas igrejas. O dilema de ser verdadeiramente o que fomos chamados para ser, ou seja, cristãos ( Rm 8:29; Ef 2:10). As pessoas chegam em nossas igrejas, sedentas por conhecer o cristianismo que se encontra na minha e na sua Bíblia, mas o que ele encontra nos prédios de nossas igrejas, são pessoas egoístas, individualistas, frias, apáticas, que não estão dispostas a ouvir a voz do Senhor, mas que vivem, como pretensos cristãos, falando da vida alheia, esperando a sua “bênção” enquanto acusa um outro irmão, desejando a “paz” do Senhor no final de semana e deixando tudo para trás a partir da segunda, como se fosse possível desassociar o secular do divino. Será que esquecemos o que é ser igreja? Ou ainda somos do tempo que igreja é o prédio que fica na esquina onde nos reunimos? Lugar sagrado, ali não pode nada, mas fora... Acorde meu amigo!!! O mundo clama por Cristo e o único lugar onde as pessoas podem o encontrar é na sua vida!!! A última coisa que você tem a temer é a de ser insignificante para Deus. Portanto, vá em frente. Da próxima vez em que alguém lhe pedir uma picanha, não pense duas vezes!

Deus lhe abençoe,

Marcus Aranha

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